Poderia começar dizendo "meu nome é Maísa, sou fotógrafa de famílias e sou muito apaixonada pelo o que faço".
Já dá até para escutar minha voz dizendo essas palavras, não é? Mas seria muito óbvio, e de tão óbvio, seria muito raso, diante de tudo aquilo que sou e tenho dentro de mim.
Minha história com a fotografia começou muito antes de virar um trabalho de fato. Digo que a fotografia é apenas uma forma de eu poder realizar meu propósito aqui na terra. E vou te explicar o porquê.
Esses dois são meus pais. Maria Inês e Mário. Eles nunca me impuseram alguma profissão, fórmula mágica e etc. Mas eles sempre me aconselharam sobre seguir o caminho do bem, da verdade, da justiça e do amor.
E com a fotografia não foi diferente. Algo que era tão importante para nossa família, foi se tornando tão crucial, tão habitual, que não era sacrifício fotografarmos nossos momentos, mas sim, prazeroso. Era a forma de ilustrarmos nossa história.
As três melhores pessoas da minha vida me ensinaram que tudo que a gente pode levar são os momentos que vivemos, as memórias que compartilhamos, os laços que criamos.
Mas voltando para mim... Os laços tão fortes e tão firmes que criei com minha família foram o que me incentivou a querer levar para o mundo aquilo que sinto, que vivi, que experimentei sobre amor genuíno, altruísta e exponencial.
Minhas conversas e minhas relações são voltadas a entender o outro lado, a respeitar a sua história e não modificá-la em hipótese alguma.
Sabe por quê? Pois apenas a verdade edifica quem somos.
E posso considerar que não sou a Maísa, fotógrafa. Seria muito vago se me descrevesse como uma profissão, não seria? Eu sou primeiro uma pessoa que acredita em relações verdadeiras, em conexões de alma. Que acredita que o ser humano é um eterno gerúndio, onde estamos sendo: evoluindo, errando, amando, acreditando e vivendo.
Sou aquela que nunca te pedirá para você ser aquilo que não é. Sou aquela que irá defender até o final sua essência. Aquela que acredita no divino poder de fazer o pouco todos os dias. Fazer sem esperar algo em troca.
Hoje, quem me escolhe me dá muito mais do que seu tempo e disposição. Quem me escolhe me dá inspiração para continuar acreditando em tudo aquilo que lá atrás minha família me ensinou.
E dessa forma vou parando de ser apenas a Maísa fotógrafa, para ser a Maísa ser humano. Que aproveita muito o carnaval. Que rouba todas as cerejas do bolo antes mesmo de cortá-lo. Que sempre vai ser família. Que trata cada história que registra como se fosse a sua. E que chora em todos os casamentos que faz. A Maísa que vive. Que é.
Hoje meu propósito se dá através da fotografia. Através dela consigo transmitir tudo aquilo que há dentro de mim. E em tudo na vida, eu não aceito menos que ser inteira. Se estou aqui, é para realmente transformar sua vida, sua visão sobre o amor, sobre memórias e sobre você mesmo.
Essa sou eu. E a cada dia entendo mais que a finitude da vida só nos mostra a importância de registrarmos o agora. Quem vem comigo?
